Crônicas pró-fessôra!
O contexto escolar da rede pública poderia ser um lugar “mega manêro” para o adolescente ou o jovem estudante. Mas, na trajetória educacional, existem caminhos e descaminhos! Vou lhe contar uma história!
O Brasil possui 54% da população que se declara negra (Censo 2014). Em sua grande maioria, os alunos de escola pública são negros. Porém, a grande maioria dos estudos e metodologias que são evocados em sala de aula, possui uma vertente eurocêntrica.
Como se reconhecer num contexto escolar que não valoriza sua bagagem cultural ? Como trabalhar mudanças de realidade, sem o protagonismo de adolescentes e jovens a partir do pertencimento de suas histórias?
Assim começa uma avalanche de desencontros que desemboca no analfabetismo, abandono escolar, baixas notas, etc!
Ao longo dos anos, o movimento negro reivindicou políticas públicas educacionais que, implantasse a história e culturas afro-brasileiras e africanas nas escolas. Viva! A Lei 10.639 foi promulgada no ano de 1996!
Agora sim, este aluno poderia se reconhecer no contexto escolar e nas práticas educativas, aprendendo com diversão e autoestima! Tudo certo?
Nããããão! Infelizmente, esta lei não é fiscalizada e, a grande maioria dos professores não aplica essa filosofia educacional.
Maaaaas, sempre há uma luz no fim do túnel!
Certa vez, uma professora me contou que tinha vontade de aplicar a lei 10.639, mas, pelo fato de não ser negra, tinha receio de fazer alguma ação equivocada. A partir dessa conversa, penso que é legal dar aquela “mãozinha” ao professor(a) e instiga-los à práticas escolares dentro da filosofia afro-brasileira. A partir dessa ideia, penso em construir um canal de youtube trazendo aulas práticas para que estes professores possam ver o quão fácil e divertido podem ser as práticas escolares baseadas na lei 10.639.
Creio que, com esse leque de formações, posso contribuir criando um canal criativo e educativo, trazendo muitas aulas práticas para a rede educacional atendendo ao território nacional.